Perco-me em sensações novas. Descubro que os meus olhos adoram cores fortes e a minha pele o calor do Sol. O horizonte das minhas paisagens alarga-se. O Verão chega pela primeira vez com grande alarido em mim. Nem sei como digerir o verde todo que me entra pelos olhos dentro até transbordar, ou o azul todo do céu que me puxa para cima, bem alto, onde não há nada para além do ar fresco a bater-me na cara e a puxar para trás os meus cabelos.
Sou livre. Livre de me perder na luz do Sol com o entusiasmo de uma criança que descobre o mundo pela primeira vez. Livre de sentir o que cada segundo me possa trazer de novo. Livre de me ir embora para qualquer outro lugar a qualquer momento. Estou aberta ao mundo. Sinto tudo sem constrangimentos. Não me interessam o passado nem o futuro. Quero ser feliz agora.
E a felicidade pode ser uma corrida até lá abaixo, ao pé do mar, ou um mergulho na espuma branca das ondas. Nunca é tarde para arriscar!
Dou-te a mão, enterramos os pés na areia e eu digo-te «Hoje passei por um campo cheio, cheio de papoilas vermelhas. Senti o cheiro do Verão entrar-me pelas narinas enquanto caminhava em direcção ao mar, mãos abertas, vermelho nos olhos.» É bom ter alguém a quem dar a mão e falar sobre as cores! O vento vem despentear-nos os cabelos. Pensamos na corrida. Não temos pressa. Ainda há muito Verão para sentir, descobrir. E tu dizes-me «Que pena não podermos aproveitar melhor o vento... Se ao menos tivéssemos asas, ou velas, podíamos percorrer o azul...» e os teus olhos brilham, a tua vontade cresce luz adentro.Um, dois, três! Aqui vamos! O barulho dos pés na areia... Pára! Detemo-nos um momento. Saboreamo-lo. Uma onda vem molhar-nos os pés. Esperámos tanto tempo por isto tudo, agora é preciso sabermos muito bem de que matéria queremos ser feitas. Por dentro e por fora. Como as árvores com cascas duras, vidas inteiras de histórias para contar, folhas verdes, frutos, sombra... Como as árvores.
Sou livre. Livre de me perder na luz do Sol com o entusiasmo de uma criança que descobre o mundo pela primeira vez. Livre de sentir o que cada segundo me possa trazer de novo. Livre de me ir embora para qualquer outro lugar a qualquer momento. Estou aberta ao mundo. Sinto tudo sem constrangimentos. Não me interessam o passado nem o futuro. Quero ser feliz agora.
E a felicidade pode ser uma corrida até lá abaixo, ao pé do mar, ou um mergulho na espuma branca das ondas. Nunca é tarde para arriscar!
Dou-te a mão, enterramos os pés na areia e eu digo-te «Hoje passei por um campo cheio, cheio de papoilas vermelhas. Senti o cheiro do Verão entrar-me pelas narinas enquanto caminhava em direcção ao mar, mãos abertas, vermelho nos olhos.» É bom ter alguém a quem dar a mão e falar sobre as cores! O vento vem despentear-nos os cabelos. Pensamos na corrida. Não temos pressa. Ainda há muito Verão para sentir, descobrir. E tu dizes-me «Que pena não podermos aproveitar melhor o vento... Se ao menos tivéssemos asas, ou velas, podíamos percorrer o azul...» e os teus olhos brilham, a tua vontade cresce luz adentro.Um, dois, três! Aqui vamos! O barulho dos pés na areia... Pára! Detemo-nos um momento. Saboreamo-lo. Uma onda vem molhar-nos os pés. Esperámos tanto tempo por isto tudo, agora é preciso sabermos muito bem de que matéria queremos ser feitas. Por dentro e por fora. Como as árvores com cascas duras, vidas inteiras de histórias para contar, folhas verdes, frutos, sombra... Como as árvores.
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