29 de janeiro de 2010

26 de janeiro de 2010

Paisagens das entranhas

















Mark Rothko, 1949, 1968, 1969

24 de janeiro de 2010

Precisamente isto #2


















Retirado daqui.

16 de janeiro de 2010

10 de janeiro de 2010

Precisamente isto

"Cada ves más, quedarme solo es volver a encontrarme con alguien que quizá siempre me acompaña, pero que únicamente aparece, reaparece, cuando no hay absolutamente nadie."

Ramón Gaya, Diario de Un Pintor

8 de janeiro de 2010

2010

Dois mil e dez. Dois zero um zero. Só hoje é que olhei para a data com atenção. Só hoje é que percebi que mudou o número e mudou o ano e também mudou a década.

6 de janeiro de 2010

Ressaca (do Português Suave)

Cêgripe, lenço de papel, chá quentinho, casaco de lã, xarope para a tosse, antibiótico, lenço de papel, mais chá quentinho, aquecedor, edredão de penas, anti-inflamatório, termómetro, lenço de papel, olhos a arder, garganta a doer, pastilhas, rebuçados, colheres de mel, tosse, tosse, tosse, quero fumar um cigarro... Aliás, quero fumar um maço de tabaco INTEIRO!

5 de janeiro de 2010

Tecituras




Há já algum tempo que me apetecia tricotar. Gostava de fazer um cachecol colorido, daqueles muito básicos, lã grossa, risca verde, risca amarela, risca vermelha, risca azul. Quando numa ida a uma loja de chineses vi meadas de lã alinhadinhas nas prateleiras a meia dúzia de cêntimos, fiquei ainda com mais vontade. No Natal, entre outras coisas, aproveitei para pedir à minha mãe que me relembrasse umas quantas coisas básicas e me emprestasse agulhas de tricotar. Das grossas! E desde então estou viciada no tricot e no cachecol que vejo crescer-me dos novelos e dos dedos com entusiasmo. Parece que tenho um jogo novo qualquer. Como quando fiz um puzzle de três mil peças e todos os dias pensava em vir para casa a correr para fazer mais um bocadinho. Mas como os jogos que viciam, a coisa entrou-me num destes dias pelo sono adentro quando estava ainda naquela vigília entorpecida do adormecer em que as coisas são sonhos e são coisas e se mistura tudo. Comecei a pensar num texto para escrever e estava a ditá-lo a mim própria para não me esquecer dele e de repente já estava a escrevê-lo aqui mas escrevê-lo era tricotá-lo nas minhas lãs coloridas e eu via o cachecol de ideias a crescer no ecrã do computador à medida que ia escrevendo. Lembrei-me de quando era pequena, jogava horas e horas de tetris e quando ia deitar-me fechava os olhos e adormecia a ver peças coloridas a cairem cada vez mais depressa pelo meu sono abaixo.