17 de maio de 2010

Círculos



Já tinha ouvido este álbum dezenas de vezes, mas ainda não tinha visto o filme todo com atenção. Vi-o antes de partir para Paris, onde mais uma vez fui encontrar-me com a música dos Wovenhand ao vivo, aproveitando a desculpa para visitar uma grande, grande amiga e, claro, a cidade. E é curioso como os círculos que se fecham me trouxeram de volta a esta experiência, com as hordas motorizadas em formigueiro de gigantes a rolar pelo asfalto e os arcos de hula hoop a percorrer os corpos das heroínas do filme. Quando viajo em busca destes senhores, onde quer que vá, encontro-me muito mais inteira e regresso cheia de uma harmonia nova e circular, de uma sensação de completude lógica, saída das entranhas da esfera maior de todas. Agora tento chegar a casa. Tento regressar, perceber o que fazer com tudo o que ganho. E ganho finalmente coragem para ouvir as músicas novas que trouxe na bagagem. Deixo-me esmagar até à próxima peregrinação.

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