24 de novembro de 2008

REAGIR

Hoje dormi três horas e acordei com a cabeça a rebentar e os ouvidos a apitar. Cumpri os meus rituais e saí para trabalhar. Na confusão do autocarro um homem empurrou o seu corpo contra o meu durante uma boa parte do percurso olhando-me com um ar nojento, sem que eu pudesse evitá-lo. Limitei-me a lançar-lhe num olhar toda a raiva que consegui. Passei o dia a arrastar-me como uma lesma deprimida no escritório e a rogar pragas a todas as pessoas que se cruzaram no meu caminho. Chega. Tenho de levantar o nariz e deixar de ter muita peninha de mim. A próxima vez que um homem nojento se colar a mim no autocarro vai ouvir das boas ou experimentar a firmeza do meu cotovelo. Ai vai, vai!

3 comentários:

Anónimo disse...

Chama-lhe estúpido...

Anónimo disse...

Gosto qd em vez do rasto das penas se vislumbra a garra da miúda que até pode ter um coração de rosa mas tb vive emoções de árvore. Flexível, sim, e com raízes e ramos que têm dado trabalhinho a orientar na direcção da luz. É o segredo do jardim... os nojentos não merecem entrar... ai, vai, vai!

Anita disse...

Os nojentos e os anónimos engraçadinhos. Ai, ai, o que uma miúda tem de ouvir. Vou só ali ao sofá afiar as garras com o meu gato e já venho!