Falta-me tempo dentro da alma, por isso não tenho calma. Sufocam-me os dedos dos outros por entre os meus dias vazios e já não consigo escolher desenrolá-los do meu pescoço. Quem me dera que os dias e as noites voltassem a ser só isso mesmo e os cheiros das coisas andassem de novo no ar. Subir a um banco e espreitar à janela as cores que passam na rua. Outra vez as nuvens, o mar, o pão e sabê-los de cor no meu peito e na minha língua e desmontar problemas e correr sem apanhar ninguém.
Para quando o final destas dores de regressar, destas ânsias de procurar-me onde me perdi? Espero sentada à luz de um candeeiro que as chuvas regressem à minha cidade para percorrer as suas infinitas ruas debaixo do avassalador cinzento do Inverno porque já não sei distinguir o Verão no meio das coisas todas que me pedem para fazer.
Para quando o final destas dores de regressar, destas ânsias de procurar-me onde me perdi? Espero sentada à luz de um candeeiro que as chuvas regressem à minha cidade para percorrer as suas infinitas ruas debaixo do avassalador cinzento do Inverno porque já não sei distinguir o Verão no meio das coisas todas que me pedem para fazer.
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