16 de fevereiro de 2010

Reciprocidade

Não me parece hoje haver maior ingratidão que a de não receber o amor que se nos oferece. Porque não se quer, porque não se sabe ou porque não se quer saber. Sempre gostei de dar. Dar de mim aos outros. Qualquer coisa que se dê, seja um presente ou apenas um gesto ou um sorriso, leva-nos para fora de nós e assim nos cumprimos como seres humanos. Isso é amar os os outros e amarmo-nos a nós próprios. Quando o que damos se esfuma no ar, esfumamo-nos também um pouco. Mas não se pode desistir. Se soubermos dar e receber, saberemos tirar o melhor de nós e dos outros. O amor, como o ódio, espalha-se e reproduz-se. E também se pode aprender, se se quiser. Eu sempre gostei de dar. Às vezes as pessoas não recebem. O melhor é virarmo-nos para os que estão interessados. Investimos nessas pessoas e elas investirão noutras. Estas coisas muito simples demoram muito tempo a aprender. Dentro de mim, perdoo o que antes me era impossível perdoar.

11 de fevereiro de 2010

Civilização

Hoje, numa rua central de Lisboa, capital de Portugal, vi uma senhora muito distinta meter um guarda-chuva partido no ecoponto amarelo.