Love, let me sleep tonight on your couch
And remember the smell of the fabric
Of your simple city dress
Oh... that was so real
We walked around ‘til the moon got full like a plate
The wind blew an invocation and I fell asleep at the gate
And I never stepped on the cracks 'cause I thought I'd hurt my mother
And I couldn't awake from the nightmare that sucked me in and pulled me under
Pulled me under
Oh... that was so real
I love you, but I'm afraid to love you
I love you, but I'm afraid to love you
Jeff Buckley
16 de julho de 2008
15 de julho de 2008
O sentido maior de todas as coisas. Nos últimos dias as dúvidas todas, as clássicas, juntaram-se na minha cabeça. Quando estou assim parece que há qualquer coisa que muda e acontecem coisas diferentes. Os sentimentos esticam-se. Os fios entrelaçam-se todos, formam um tecido que me enrola.
Lembro-me de acordar de manhã e olhar tudo à minha volta com a estranheza de quem não compreende como aterrou aqui, como se tivesse viajado no tempo e no espaço e não fizesse parte, de facto, desta era em que andamos para lá e para cá de carro e a falar ao telemóvel, como se tudo estivesse em suspenso para além de mim e eu pudesse pensar a realidade a partir de fora. Penso no tempo da terra. Não sinto o tempo da minha vida mas o tempo das coisas todas, o tempo do universo. Pergunto-me se o que podemos ter ganho supera tudo o que temos vindo a perder... Esta sensação é-me surpreendentemente dolorosa, desperta todas as minhas solidões adormecidas, domesticadas, aperta-me o pescoço até as lágrimas começarem a cair-me em silêncio. O meu corpo muda, fraqueja, não consigo fazer com que ele acompanhe a velocidade dos meus pensamentos. Permaneço demasiado tempo à espera de revelações, de explicações.
Quando chego aqui tento perceber o que me trouxe de volta à nuvem cinzenta das indefinições. Desta vez não é difícil. Nos últimos meses esqueci-me de mim e da minha vida e entreguei-me à loucura selvagem do trabalho de sol a sol. Tanto Verão para viver e eu para aqui a gastar os dias e as noites entre sufocos condicionantes de alcatifas e ares condicionados... É tempo de mudar.
Lembro-me de acordar de manhã e olhar tudo à minha volta com a estranheza de quem não compreende como aterrou aqui, como se tivesse viajado no tempo e no espaço e não fizesse parte, de facto, desta era em que andamos para lá e para cá de carro e a falar ao telemóvel, como se tudo estivesse em suspenso para além de mim e eu pudesse pensar a realidade a partir de fora. Penso no tempo da terra. Não sinto o tempo da minha vida mas o tempo das coisas todas, o tempo do universo. Pergunto-me se o que podemos ter ganho supera tudo o que temos vindo a perder... Esta sensação é-me surpreendentemente dolorosa, desperta todas as minhas solidões adormecidas, domesticadas, aperta-me o pescoço até as lágrimas começarem a cair-me em silêncio. O meu corpo muda, fraqueja, não consigo fazer com que ele acompanhe a velocidade dos meus pensamentos. Permaneço demasiado tempo à espera de revelações, de explicações.
Quando chego aqui tento perceber o que me trouxe de volta à nuvem cinzenta das indefinições. Desta vez não é difícil. Nos últimos meses esqueci-me de mim e da minha vida e entreguei-me à loucura selvagem do trabalho de sol a sol. Tanto Verão para viver e eu para aqui a gastar os dias e as noites entre sufocos condicionantes de alcatifas e ares condicionados... É tempo de mudar.
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